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Compulsão Alimentar

 Muitos são os que perguntam "Será que tenho compulsão alimentar?". Geralmente esta pergunta surge quando a pessoa não consegue controlar o desejo de comer aquilo que tem vontade e ingere em quantidade exagerada.

imagem retirada da internet

A compulsão alimentar é o ato de ingerir uma quantidade de alimentos significativa maior que a maioria das pessoas consumiria em um curto período de tempo. Geralmente as pessoas estão sozinhas e sentem-se deprimidas e culpadas depois do ato da compulsão alimentar, mas o indivíduo não provoca vômitos ou algum outro método purgativo.

Pessoas que beliscam pequenas quantidades de alimentos o dia todo, não se encaixam nesta categoria. A pessoa com compulsão alimentar alimenta-se em um período delimitado, chamado episódio de compulsão alimentar.

Muitas pessoas acham que tem compulsão alimentar por consumir doces em excesso, guloseimas, por desejarem consumir pão à noite, etc. Isto não é caracterizado como compulsão alimentar, ou transtorno compulsivo alimentar periódico.

Sentir vontade de comer 1 pedaço de torta de chocolate e até repetir este pedaço é um momento que todos tem o direito de fazer, de vez em quando, sem culpas, mas no comer compulsivo a pessoa não consome apenas isso, mas vários outros alimentos e em quantidades enormes, não mastiga direito, não sente o gosto do que está comendo, não consegue parar de comer, mesmo já estando saciada e em período pequeno de tempo.

Dentre os transtornos alimentares já existentes, como a anorexia nervosa e a bulimia nervosa, há uma nova categoria a ser definida, denominada TCAP (Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica).

Para o diagnóstico do TCAP são levados em conta os seguintes critérios:

1) Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado por ambos os seguintes critérios:

  • ingestão, em um período limitado de tempo (por exemplo, dentro de um período de duas horas), de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria em um período similar, sob circunstâncias similares;
  • um sentimento de falta de controle sobre o episódio (por exemplo, um sentimento de não conseguir parar ou controlar o que ou quanto se come).

2) Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) dos seguintes critérios:

  • comer muito e mais rapidamente do que o normal;
  • comer até sentir-se incomodamente repleto;
  • comer grandes quantidades de alimentos, quando não está fisicamente faminto;
  • comer sozinho por embaraço devido à quantidade de alimentos que consome;
  • sentir repulsa por si mesmo, depressão ou demasiada culpa após comer excessivamente.

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3) Episódios recorrentes de compulsão alimentar

4) A compulsão alimentar ocorre, pelo menos, dois dias por semana, durante seis meses.

5) Acentuada angústia relativa à compulsão alimentar.

6) Compulsão alimentar não está associada ao uso regular de comportamentos compensatórios inadequados (por exemplo, purgação, jejuns e exercícios excessivos), nem ocorre durante o curso de anorexia nervosa ou bulimia nervosa.

O comer compulsivo pode acarretar em conseqüências nada saudáveis, a principal é o sobrepeso e obesidade. Outras conseqüências seriam problemas gástricos devido ao grande consumo de alimentos ingeridos, além de comprometimento das relações interpessoais.

A pessoa que tem compulsão alimentar consome uma determinada quantidade de calorias em um dia, no dia seguinte come normalmente, no outro volta a ter episódio de compulsão alimentar, e esta oscilação poderá comprometer o metabolismo e favorecer o depósito de gordura.

O tratamento deve acontecer com uma equipe multidisciplinar, envolvendo médicos, psicólogos e nutricionistas.

Primeiramente, é importante fazer um trabalho de reeducação alimentar com o indivíduo, conscientizando da importância de comer adequadamente, tendo uma alimentação fracionada, além de tratamento com psicólogo e psiquiatra.

O psicólogo estará detectando os fatores psicológicos que podem estar favorecendo os episódios de compulsão alimentar. E se necessário o médico indicará a medicação correta.

Por:
Roberta dos Santos Silva
Nutricionista-chefe do programa Cyber Diet, formada pela Universidade Católica de Santos CRN-3 14.113

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